terça-feira, 23 de junho de 2020

Jesus Eucaristia: força e motor da vida de

Santa Maria Crucifixa Di Rosa. 


Em 18 de junho de 1852, no dia de sua consagração total a Deus, Páola Di Rosa assumia o nome de Irmã Maria Crucifixa. A completar sua imensa alegria obteve, neste mesmo dia a permissão de iniciar a adoração perpetua diurna ao Santíssimo Sacramento.

Qual a finalidade de se ter a adoração perpetua? Ela tinha a plena certeza que na Eucaristia contemplada e adorada teria sempre encontrado sua força para caminhar na contramão das propostas do mundo.

“Aqui está o pão de anjos, pão dos peregrinos, verdadeiro pão dos filhos” canta a sequência de Corpus Christi.

Na sua infância Irmã Maria Crucifixa tinha acompanhado muitas vezes e bem de perto, de olhos regalados, a devoção com que a mãe doente recebia a Eucaristia e, pelo exemplo dela, ia alimentando o desejo imenso de receber Jesus no Santíssimo Sacramento.

Desde então em sua vida Páola terá como cúmplice e consultor o Cristo do Tabernáculo. Ela procurava e encontrava Jesus vivo e real na comunhão eucarística e queria imitá-lo na dedicação aos irmãos. No encontro com Jesus na oração, na missa diária, na comunhão e nas prolongadas horas de adoração percebia onde a vontade de Deus a chamava a se doar.

Aos pés de Jesus sacramentado esbanjava atos de amor, de adoração, de gratidão, de reparação pela ingratidão dos homens. Permanecia horas e horas nesta atitude sem se cansar.

 A força da Eucaristia lhe dera a coragem de enfrentar desafios, perigos, provações internas e externas durante toda a vida. Certo dia disse com toda convicção e fé: “Enquanto permanecermos diante de Jesus Sacramentado o Instituto durará”.

Só em Jesus Eucaristia encontrou a fonte de água viva que jorra pela vida eterna da qual o mesmo Jesus falara para a samaritana.

Escreveu a Irmã Teresa Camplani em 13 de junho de 1843: “Estamos perto do grande dia dedicado a Jesus Eucaristia, Ele nos amou a tal ponto de nos deixar a si mesmo como alimento e nós que faremos para corresponder a tanto amor? Demos-lhe o nosso coração, sem reserva alguma e procuramos com nosso fervor reparar as tantas ofensas que recebe neste Santíssimo Sacramento”.

Tinha fome e sede imensa de Deus; alimentava-se diariamente de contemplação, por isso tinha muito a dar e a comunicar aos que estavam necessitados.

Em contato com o vasto mundo ao seu redor, percebendo pessoas necessitadas de várias maneiras, no encontro diário com Jesus na Eucaristia foi intuindo delineando e concretizando quanto podia fazer para aliviar-lhe o sofrimento, dando vida ao Instituto das Servas da Caridade.